O FIM DO WINDOWS 10
- Eduardo Gregorio

- há 29 minutos
- 4 min de leitura
A partir do dia 14 de outubro de 2025, a Microsoft encerrou o suporte padrão para o Windows 10, ou seja: não haverá mais atualizações de segurança, novas funcionalidades nem suporte técnico via Microsoft para as versões Home, Pro, Enterprise e Education do sistema.
Isso não significa que o Windows 10 pare de funcionar, ele continuara funcionando normalmente, mas a partir desse momento ele estará vulnerável a novas falhas e, em um cenário corporativo, potencialmente exposto a riscos maiores.
POR QUE ISSO IMPORTA
VULNERABILIDADE AUMENTADA
Sem patches de segurança, cada nova falha que surgir no Windows 10 deixará os dispositivos mais expostos. A Microsoft alerta que computadores com Windows 10 “ficarão em maior risco para vírus e malwares”.
Em ambiente corporativo, isso não é apenas um “desconforto” — pode significar comprometimento de dados, falhas de conformidade regulatória ou até mesmo paradas operacionais.
COMPATIBILIDADE DE APLICAÇÕES
As versões do Microsoft 365 e outros aplicativos seguirão políticas que dependem de um sistema operacional suportado. A Microsoft já confirma que o Microsoft 365 Apps não será mais oficialmente suportado no Windows 10 após a data de corte.
Isso implica que, mesmo que “funcione” hoje, eventuais falhas ou instabilidades futuras podem não ser cobertas. O risco é invisível, mas real.
PLANEJAMENTO DE OBSOLESCÊNCIA E CUSTO FUTURO
Manter equipamentos ou sistemas operacionais que não recebem mais atualizações é uma forma de adiar decisões.
Mas o custo desse adiamento pode vir na forma de suporte técnico externo, mitigação de ataques ou perda de produtividade.
Além disso, hardware que não foi dimensionado para o ambiente moderno (por exemplo, sem TPM 2.0 ou firmware atualizado) pode ter dificuldades futuras mesmo com upgrades “alternativos”. Alguns artigos lembram que não é obrigatório trocar de máquina imediatamente, mas é fortemente recomendado.
QUAIS SÃO AS OPÇÕES AGORA?
Podemos dividir em três cenários práticos — cada um com suas vantagens e ressalvas.
A. MIGRAR PARA WINDOWS 11
Essa é a rota recomendada pela Microsoft. O Windows 11 traz melhorias de segurança, suporte a hardware moderno e maior longevidade de plataforma.
Pontos de atenção para sua empresa:
Verificar se as máquinas atuais têm suporte para Windows 11 (TPM, CPU compatível, etc.).
Planejar a atualização de hardware ou substituir máquinas que não atendam aos requisitos.
Preparar backups, testar aplicativos críticos no novo OS e treinar equipes se a interface ou fluxos mudarem.
Verificar licenciamento — mesmo que a atualização do Windows 10 para Windows 11 seja gratuita para PCs elegíveis, há custos indiretos (tempo de TI, testes, hardware).
B. PERMANECER NO WINDOWS 10 POR UM TEMPO, COM MITIGAÇÃO DE RISCOS
Se por algum motivo você ou seus clientes não puderem migrar imediatamente (por exemplo, dependências de software legado ou hardware antigo), ainda há alternativas para reduzir o risco.
Inscrever-se no programa Extended Security Updates (ESU) da Microsoft, que permite estender as atualizações de segurança por algum tempo além da data de término.
Garantir que o antivírus e as soluções de segurança sejam robustas, estejam atualizadas e que se mantenha boa postura de segurança (firewall, segmentação de rede, backups, etc.).
Planejar claramente quando será possível migrar — ter um roadmap para não “empurrar com a barriga” indefinidamente.
C. USO DE ANTIVÍRUS
Se você ainda precisa manter o Windows 10 por algum tempo, reforçar a segurança é essencial. Embora o sistema não receba mais atualizações da Microsoft, soluções como o Kaspersky continuam oferecendo proteção completa, inclusive contra novas ameaças.
O antivírus atua como uma camada adicional de defesa — monitorando arquivos, e-mails, sites e conexões de rede para bloquear comportamentos suspeitos e ataques que exploram falhas conhecidas.
Além do antivírus, é importante manter outras boas práticas de segurança:
Fazer backups regulares dos dados;
Evitar acessar sistemas corporativos a partir de máquinas desatualizadas;
Utilizar firewall ativo e atualizado;
Restringir permissões administrativas e uso de dispositivos externos sem verificação.
Essa estratégia não substitui uma migração futura, mas ajuda a ganhar tempo com segurança até que a empresa possa adotar o Windows 11 ou outra solução definitiva.
QUAL CAMINHO SEGUIR PARA EMPRESAS DE TI E CLIENTES
Como CEO de uma empresa de TI, você pode usar essa janela de oportunidade para oferecer serviços estratégicos que alinhem tecnologia e negócio. Aqui vão algumas sugestões práticas:
AUDITORIA DE INVENTÁRIO: Levante quantas máquinas ainda estão com Windows 10, quais aplicações críticas rodam nelas e qual o estado de hardware (compatível com Windows 11 ou não).
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: Identifique quais máquinas estão em setores críticos (dados sensíveis, rede exposta, acesso externo) e priorize para migrar.
PLANEJAMENTO DE MIGRAÇÃO: Crie uma roadmap para substituição/migração escalonada (por exemplo, primeiro máquinas de maior risco, depois o restante).
SERVIÇOS DE SEGURANÇA REFORÇADA: Enquanto a migração não acontece, ofereça pacotes de “segurança intensivada” (antivírus atualizado, monitoramento, segmentação de rede, backups frequentes).
COMUNICAÇÃO COM CLIENTES: Muitos usuários ainda não entenderam totalmente o que “fim do suporte” significa. Fazer uma explicação clara (como a que montamos aqui) ajuda a evitar surpresas negativas ou perda de credibilidade.
OFERTAS PROATIVAS: Se possível, ofereça um pacote de atualização para clientes — incluindo hardware, licenciamento, migração e suporte.




Comentários